
Ele tinha um cachorro. Pegara-o pequenino, quando este ia ser sacrificado no centro de zoonoses onde trabalhava. Gostara de seu olhar, olhar de pidão.
O cachorro foi crescendo, passeios, ração, e inúmeráveis horas juntos. A hora do começo da noite era sagrada para o cachorro ir à rua cheirar o que devia cheirar e fazer o que tinha que ser feito. Às vezes, levava-o à praia, onde o cachorro se refestelava na areia e no mar, brincando como o ser mais leve que existe na Terra. Quando estava na cidade, o cachorro cuidava muito bem da casa e latia para quem devia latir.
Certa noite de insônia, levou o cachorro com ele para comprar cigarros, para protegê-lo na caminhada. Viu uma proeminência no muro, amarrou o cachorro lá. Depois foi para casa. O cachorro está lá esperando por seu dono, que nunca mais voltou.
4 comentários:
Fiquei muito feliz quando te vi por aqui...
Passa lá: www.diariodogigio.zip.net
Ass.: O Bolo de Cenoura
Por quê o seu blog não é comentado?
é o seguinte? algumas pessoas só mandam recados para mim. eu os leio... e aí não precisa os outros ficarem sabendo, né? :)
acaso for algo pertinente aos escritos, será publicado com imenso prazer.
beijos a todos.
:)
c.k.
Obrigado. Beto. ;-)*
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