
Estava ali há anos. Desde lá, seu vestido já desbotara, e da flor que existira em seu cabelo só restava o pó. Aguardava, com o rosto ao sol e à chuva e os olhos fixos, o retorno. Quem passava por ela não entendia, somente depositava velas acesas aos seus pés.
Naquele dia, depositaram-lhe duas malas de couro. Ela benzeu-se, abaixou e pegou as malas. Segurando-as, continuou a olhar o horizonte.
Duas semanas depois, era de tarde e o sol se punha. As crianças jogavam futebol por ali, absortas no destino de jogar.
O vento começou a ficar forte, e no horizonte surgui uma embarcação com leme reluzente e casco forte.
Ela abaixou os olhos, mirou seus pés e foi em direção ao mar, até que o oceano cobriu sua pele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário